quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Ter uma comunicação eficaz faz toda diferença no dia a dia do ambiente corporativo


Para começarmos, é importante um alinhamento sobre a definição de comunicação eficaz, para que faça mais sentido compreender sua importância no mundo corporativo.
A comunicação eficaz é aquela focada em um propósito, geralmente objetiva e representada pelo menor discurso possível para sua compreensão, direcionada às pessoas certas, direta e habitualmente começando pelo ponto central, sem a preocupação de cercar todas as possibilidades de interpretação e de questionamentos posteriores pelas partes que a recebem.
Para reforçar este alinhamento, vamos revisar em contrapartida o que NÃO é uma comunicação eficaz.
- Uma comunicação vaga e que divaga em exemplos excessivos, em contextualizações desnecessárias e ainda que se perde em ramificações que não agregam valor;
- Uma comunicação prolixa onde o locutor se preocupa tanto em deixar o discurso inteligível para todos que acaba dando voltas e consumindo muito tempo desnecessário;
- Uma comunicação que envolva pessoas sem alinhamento com seu propósito, causando questionamentos de compreensão fora de hora;
- Uma comunicação que justifique o máximo de possibilidades antes de chegar ao ponto central, fazendo com que o acompanhamento de sua estrutura lógica seja um grande desafio;
Agora que temos este conceito bem alinhado, vamos falar de uma aplicação muito nobre para sua causa.
O ecossistema corporativo é um ambiente complexo, um composto de pessoas e processos trabalhando com o propósito de harmonia em busca de resultados intermediários e que irão compor resultados finais. Esses elementos estão diante de um cenário dividido por grupos de responsabilidades distintas, mas que se combinam e se alinham para que tudo funcione. Ou seja, uma bomba relógio armada, uma máquina, um organismo vivo.
E qual é o elo de junção entre todas as partes deste organismo? A comunicação! Experimente deixar todas as pessoas impossibilitadas de se comunicarem durante um dia em uma empresa para observar o que acontece. Certamente, um silencioso caos.
A comunicação é tão importante quanto desmerecida em ambientes corporativos, pois tão caótico quanto impedir as pessoas de se comunicarem, pode ser permitir a comunicação ineficaz, como vimos no início deste artigo.
A comunicação eficaz faz com que o ambiente corporativo se torne mais produtivo, organizado e sustentável, características essenciais para o crescimento de um negócio.
E agora uma boa notícia, não há grande mistério em se implantar um padrão de comunicação eficaz em um ambiente corporativo. Muitas vezes, um bom Plano de Comunicação e um correto Treinamento em Comunicação Corporativa dão conta do recado, mas o primeiro passo, sem dúvidas, é reconhecer a sua importância como parte fundamental da alta produtividade e do sucesso. 

Por Thiago Porto, especialista em comunicação. Fundador e CEO do Instituto Versate para o site CIO

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Conteúdo e Propaganda

Há exemplos de extrema sutileza que fica difícil identificar que marca patrocinou tal conteúdo.

O item 5 do Decálogo da Propaganda, feito pela Fenapro, é: “Colabora com a sustentação dos meios de comunicação, que garantem a informação livre e acessível, além de entretenimento de qualidade”. De fato, além de ser um instrumento essencial para as empresas e instituições garantirem sua competitividade e consequente sustentabilidade, a propaganda, historicamente, vem gerando os recursos necessários aos veículos de comunicação para que eles levem conteúdo de qualidade ao público, gratuitamente ou a custos reduzidos.
É assim com o rádio, com a TV aberta, com a mídia impressa (parcialmente) e até com a internet. De uns tempos para cá, porém, dois movimentos, analisados conjuntamente, ameaçam esse modelo. Um deles é o sucesso crescente do conteúdo por assinatura paga. A internet já vinha apresentando um modelo do tipo freemium, ou seja: você acessa gratuitamente parte do meu conteúdo (free), mas se quiser ter acesso a tudo e/ou sem propaganda, tem de pagar (premium).
Mas, agora, o sucesso retumbante do Netflix e a entrada de outros megaplayers na produção e distribuição de conteúdo/entretenimento de qualidade, mediante o pagamento de assinatura, potencializam esse efeito e deixam a propaganda meio de lado na equação do novo modelo de negócios.
Em paralelo, surgiu o content marketing, cuja lógica é: se a propaganda está sendo “escanteada” do processo, como viabilizadora de conteúdo gratuito e de qualidade, resta a ela se aliar ao movimento.
Sendo assim, cresce o interesse por uma propaganda mimetizada, travestida de conteúdo. O movimento não é tão novo. Já convivemos com a figura do Informe Publicitário ou Publieditorial há tempos. Também faz parte da história da propaganda a produção de radionovelas por anunciantes – Jessy Lever, por exemplo. Também é histórica a inserção de produtos, de forma sutil (nem sempre) em filmes de longa-metragem ou novelas. O conhecido merchandising ou product placement não é algo tão novo.
Acertadamente, houve uma regulamentação desse tipo de propaganda, exigindo-se dos veículos que deixassem claro para o leitor, ouvinte ou espectador que aquele conteúdo é do interesse de uma empresa, que pagou para estar ali. No entanto, com o passar do tempo, o mercado foi criando dribles para fugir do carimbo de conteúdo sob encomenda.
Hoje, alguns leitores podem ficar em dúvida se determinados conteúdos são gerados espontaneamente pela equipe de jornalistas do veículo, sempre zelosa da sua independência e isenção, ou se estão a serviço de um “projeto especial” ou outro nome dúbio de um conteúdo pago por uma empresa.
Não serei eu aquele que resiste às tendências e aos movimentos do mercado. Mas há questões que devem ser colocadas. Na propaganda com cara de propaganda, fica clara a intenção de se vender algo. Cabe então ao anunciante e à sua agência fazê-lo de forma criativa, envolvente, que permeie a mente do público-alvo e o convença sobre seus diferenciais e o conquiste, de alguma forma. Tudo isso de forma explícita, transparente.
Na relação conteúdo-propaganda, pode haver uma deliberada intenção de se vender de forma subliminar. No ambiente da internet, por exemplo, vemos os grandes portais exibirem chamadas para “conteúdo” (nem sempre identificado como publicidade) que, ao serem clicadas, levam a um ambiente de venda de produtos. Verdadeiras pegadinhas expostas como se fossem parte do conteúdo. Por outro lado, há exemplos de extrema sutileza que fica até difícil identificar que marca patrocinou tal conteúdo.
No Cannes Lions deste ano, o Grand Prix da categoria Lions Entertainment foi para um curta-metragem para o Santander. É um filme de mais de 15 minutos, sob o nome – em espanhol – Cuanto? Mas allá del dinero. Não se vê qualquer menção ao Santander, a não ser na apresentação e no final, quando é explicitada a iniciativa do banco. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra.
O que merece reflexão é, não só a verdadeira efetividade desse tipo de propaganda mimetizada de conteúdo, como também a sua validade ética, de observância a critérios de total transparência.

Por Alexis Thuller Pagliarini, superintendente da Fenapro (Federação Nacional de Agências de Propaganda) para Propmark

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

O que o machine learning já faz pelas marcas

Ensinar tarefas cotidianas e operacionais a computadores já é realidade para empresas; processos criativos também passam a fazer parte deste contexto

Luiz Gustavo Pacete
28 de agosto de 2017
É possível delegar a criatividade aos robôs? O questionamento, tão comum quando o assunto é machine learning, ou aprendizado de máquinas, ainda desperta certo grau de polêmica. A tecnologia, no entanto, já é realidade em muitos processos e já faz parte da realidade de muitas marcas. Uma derivação da inteligência artificial mais aplicada ao dia a dia, o machine learning é cada vez mais usado.
Na semana retrasada, por exemplo, o Itaú inseriu em seu aplicativo o Comando de Voz que permite aos usuários acessarem áreas de transações. “O machine learning já é real em várias funções diárias e é utilizado em várias ações de marketing, sobretudo, aquelas voltadas ao desempenho”, diz Michel Sciama, head de produtos do Google.

Judiciário - Pesquisa mostra sinais inéditos de rejeição da população ao punitivismo.

Pesquisa sobre prestígio e desprestígio dos mais vistosos personagens do universo judiciário, divulgada neste domingo pelo jornal O Estado de S.Paulo, espelha o grau de confusão da plateia diante do encadeamento de fatos recentes ligados à vida judicial.
Surpreendente e espantoso, o grau de rejeição de personagens identificadas com o punitivismo, como Sérgio Moro, Deltan Dallagnol, Rodrigo Janot e Luiz Edson Fachin é a novidade — muito embora, no caso de Moro, o índice de aprovação seja maior, de 55%, contra 37% de rejeição.
Fora da lista dos entusiastas da prisão, o ministro Gilmar Mendes encabeça a lista dos impopulares. Ele aparece com índice de 63%. Já a cifra de pessoas que não o conheciam o suficiente para opinar caiu, de 53% em julho para 30% em agosto.
Que o ministro está na pole position da impopularidade do mundo judiciário já se sabia. Mas não que as maiores estrelas desse cenário, os protagonistas da "lava jato", chamados de "justiceiros" pelos criminalistas, carregam também pesados índices de rejeição. É o que mostra pesquisa feita pela consultoria Ipsos, divulgada neste domingo (27/8) pelo Estadão.
Por exemplo, a ministra Cármen Lúcia, em janeiro deste ano era desconhecida para 51% dos entrevistados, e era rejeitada por 27% deles. Em agosto, a cifra de quem não a conhece caiu para 31% e a rejeição subiu para 47%.
O procurador da República Deltan Dallagnol, chefe do grupo que toca a "lava jato", também sofreu com a fama. Em maio, 63% dos procurados pela Ipsos nunca tinham ouvido falar dele, e seu índice de rejeição era de 23%. Em agosto, as cifras mudaram para 41% e 45%, respectivamente.
Fonte: Portal Consultor Jurídico

sábado, 26 de agosto de 2017

Violência contra a mulher gera prejuízo de R$ 1 bilhão para economia brasileira

Falta de concentração, dificuldade de tomar decisões, erros ou acidentes e grande número de faltas ao trabalho, são os impactos mais significativos da violência doméstica na vida profissional de milhares de mulheres no Brasil. Pela primeira vez, esses impactos foram contabilizados: a economia do Brasil perde cerca de R$ 1 bilhão devido às consequências da agressão sofrida pelas trabalhadoras dentro de suas casas.

O dado foi apresentado dia 24 de agosto em coletiva na reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza, como parte do segundo relatório da Pesquisa de Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar, que acompanhou a vida de 10 mil mulheres nas nove capitais nordestinas desde 2016.

As 250 pesquisadoras identificaram e quantificaram o peso dos diferentes tipos de violência na vida laboral feminina. O estudo foi feito em parceria com o Instituto Maria da Penha e com a participação de pesquisadores dos Estados Unidos e da Europa. Segundo o estudo, 48% das entrevistadas de Teresina (PI) disseram ter a saúde mental afetada por conta das agressões sofridas em casa. Em seguida, vem Aracaju (SE), com 42% e Natal (RN), com 40%.

A própria noção de felicidade fica impactada com a convivência com uma pessoa violenta dentro de casa. Somente metade das entrevistadas que sofreram violência doméstica disseram se sentir felizes, contra 74% das que não passam por situações de agressão.

“Eu tinha que ter uma programação em casa que me afastasse dele o máximo possível. Quando ele estava para chegar em casa, eu pegava as crianças para levar para a escola, fazia um lanche antes de ir para o trabalho, porque não tinha almoçado em casa. No trabalho, em alguns momentos, eu estendia o horário para poder compensar algum distanciamento meu”, relata Maria da Penha Fernandes, farmacêutica que deu nome à lei que pune a violência doméstica praticada contra mulheres, sobre o dia a dia no trabalho e os maus-tratos praticados pelo marido.

A pesquisa revelou que, em média, as mulheres que são agredidas dentro de casa faltam 18 dias por ano. Além disso, elas também passam menos tempo empregadas em um local de trabalho: são, em média, 58 meses, contra os 78 meses que uma mulher que não sofre violência permanece empregada.

Por tabela, a situação reflete no salário, que fica reduzido em cerca de 10%. Esse impacto é maior em Fortaleza (CE), onde a trabalhadora vítima de violência ganha o equivalente a R$ 5,98 por hora trabalhada, contra R$ 9,11 das que não são vítimas de violência. Além disso, mulheres negras que vivenciam violência doméstica chegam a ganhar 22% menos do que mulheres brancas que passam pela mesma situação.

“A violência deprecia o capital humano da mulher. Grande parte do empoderamento feminino vem da capacidade de trabalho. O homem produz a violência contra a mulher, causa todos esses impactos, cria uma sequela na economia e retroalimenta essa relação: ele sabota a mulher como trabalhadora e ela perde esse empoderamento. Os setores públicos e privados não fazem praticamente nada para reverter isso”, diz o professor José Raimundo Carvalho Júnior, coordenador da pesquisa.

Como sugestões de mudanças para esse cenário, os pesquisadores defendem políticas de recursos humanos para identificar e apoiar empregadas vítimas de violência. O professor cita como exemplo experiências norte-americanas que promovem, entre outras possibilidades, a mudança de local de trabalho ou de horário como forma de evitar a exposição da trabalhadora ao seu agressor.

“Essas são iniciativas de altruísmo, mas também de bons empresários, pois eles sabem o impacto dessa violência nos seus negócios. Se a situação de violência cessar, essa empregada voltará a ser produtiva. Essa é a lógica econômica e não se pode ter medo disso. No Brasil, ao contrário disso, essas empregadas são demitidas.”

Como política pública possível, uma vez que o Brasil não dispõe de um mecanismo que compreenda a violência doméstica como risco de trabalho, os pesquisadores defendem a aprovação do Projeto de Lei 296, em tramitação no Congresso Nacional desde 2013, que cria o auxílio transitório em decorrência de risco social provocado pela situação de agressão no âmbito familiar.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Como serão os próximos 15 anos do mercado de shopping centers

O mercado de shopping center norte-americano tem apenas cinco anos para escapar de uma morte anunciada. De acordo com a previsão do banco Credit Suisse divulgada pela Business Insider, um quarto destes estabelecimentos deverá fechar até 2022. Isso significa que entre 20% e 25% dos estabelecimentos perderão a concorrência frente às novas tendências e comportamento do consumidor. Hoje, o país possui 1.100 centros comerciais, o que demonstra que algo entre 220 e 275 não existirão mais em três anos.

Só em 2017 3.600 lojas fecharam. A pesquisa estima que até dezembro ocorram pelo menos mais 8.640. Entre os principais motivos para o movimento em massa de mudança ou fechamento de lojas e shopping centers estão o comércio eletrônico — e-commerces e marketplaces — e o crescimento de redes com preços menores, como os outlets.

Mesmo em mercados menos desenvolvidos e maduros como o Brasil, o mercado de shoppings tem perdido alcance até mesmo em novos empreendimentos. Os que estão abrindo se tornam uma aposta arriscada, principalmente considerando a dificuldade cada vez maior de preencher os espaços com lojistas. Num estudo realizado localmente, constatou-se que os 20 shopping centers inaugurados em 2016 operam com uma média de vacância de 55%. É mais da metade da quantidade de lojas que estão vazias.

A situação brasileira deste mercado está num declínio constante. Entre 2013 e 2015, os estabelecimentos abertos operavam com 45% de vacância, ao contrário dos 55% atuais. A falta de ocupação e ociosidade após 2013, em shoppings novos, equivale a 900 mil metros quadrados — correspondente a 7,6 mil lojas. Os shoppings consolidados e com forte branding tem variado na média de desocupação entre 9,1% e 8,5% entre 2015 e 2016. Em área, a variação no mesmo período mostra-se cai de 7,6% para 5%.

Além disso, crescimento foi abaixo da inflação do país, apenas 5.58% nas regiões mais maduras, sendo que o nível de visitação diminuiu em quase 1%. Com esses dados pessimistas, 90% dos shoppings não pretendem expandir suas operações.

Mercado de shopping centers: as portas estão fechadas?

Lojas de departamento mundialmente famosas e sediadas nos Estados Unidos anunciaram que poderão fechar as portas. Os comunicados da Macy's e Sears, por exemplo, feitos no início de 2017, trazem indícios de uma era sombria para o mercado de shopping centers. O modelo de negócio consolidado nas décadas anteriores não faz mais efeito.

A empresa de pesquisa imobiliária Green Street Advisors antecipou que as vendas de um mesmo locatário no estabelecimento crescerão apenas 1,2% entre 2016 e 2019. Para 2015, a previsão era de 2,6%. Outro ponto é o aluguel do mercado. Estima-se que até 2019, o aumento seja de 1,5%, um grande declínio em relação ao prognóstico anterior de 2,5%. Neste ponto, há dois fatores que devem ser analisados: a dependência das grandes lojas e da fatia imobiliária garantida com uma locação.

Grandes marcas, grandes perdas

Não há como negar: está ocorrendo um efeito dominó negativo nas grandes lojas. São frequentes os anúncios sobre o encerramentos de negócios:
  • A Sears, como citamos anteriormente, anunciou duas rodadas de fechamentos, em junho e março;
  • A Macy's reduzirá mais 68 lojas em 2017, mesmo após ter feito muitos cortes no ano anterior;
  • JC Penney encerra 138 em julho;
  • A varejista Bebe fechará 170 locais e passará apenas a vender on-line;
  • O Ascena Retail Group, que possui marcas como Ann Taylor e Dress Barn avisou que irá por fim em algo cerca de 250 e 650 instalações em dois anos;
  • Gymboree, com 1.300 lojas, anunciou falência para poder se reestruturar.
Se torna ainda mais assustador quando os dados representam apenas as intenções do ano de 2017. Será que os shoppings estão fechando as portas por conta da onda negativa das grandes marcas?

O artigo "A giant wave of store closures is about to hit the US", da Business Insider, defende que as lojas âncoras são uma das principais responsáveis pela espiral de desempenho descendente, conforme definição de analistas da Morningstar em 2016.

Os shoppings centers perdem em renda e tráfego, mas também em novas cláusulas de arrrendamento. Nos Estados Unidos, os locatários restantes podem rescindir contratos ou renegociar termos, principalmente em períodos de baixa de renda, até existir outra loja ocupando o local vago.

Um empecilho significativo na substituição das grandes lojas — ou lojas âncoras — é o espaço antes ocupado. Em geral, são negócios que ocupam locais amplos, até mesmo mais de um andar. Até que exista uma nova locação, é normal que o tráfego diminua para outras seções do shopping.

Olhando para além do horizonte imobiliário

Em "Will Shopping Malls Survive?", artigo do Practical Ecommerce, há um ponto de vista diferenciado: capacidade excessiva do varejo. Ou seja, o famoso equilíbrio entre demanda e oferta tem sido afetado em locais físicos. Os Estados Unidos possuem 23,5 square feet de espaço per capita, bem acima de qualquer outro país. O Canadá possui 16,4 e Austrália tem 11,1 square feet, são representantes de peso no quesito espaço.

Muitos shoppings procuram compensar os rendimentos a partir de um olhar imobiliário. Não pensam em catálogo, venda ou tráfego. Pelo contrário: as práticas estão baseadas no processo de ocupação de espaço.

É um movimento similar ao dos e-commerces que acabavam pagando muito por mídia, CPC. Agora há uma migração para o CPA (Custo Por Aquisição), onde se paga por uma venda efetivamente concretizada, e não apenas pela geração de tráfego, independente se uma visita se converte em venda - algo que o mercado de shoppings centers não pratica. Apesar do ganho em cima da venda, ainda existe a cultura de garantir o mínimo da renda em cima do aluguel.

Quem pertence a uma geração anterior a dos millenials certamente irá lembrar dos shopping centers como um ponto de encontro entre amigos, namorados, família, etc. Porém, a geração atual revolucionou o comportamento de diversas maneiras, desde a forma de convivência até o consumo de produtos e serviços. O mercado precisa acompanhar o ritmo ou até mesmo estar um passo à frente. Não é mais aluguel, não é mais espaço. Então, o que será?

As possibilidades do mercado de shopping centers

Imagine que uma mulher está procurando um tênis preto, feminino, número 36, para corrida. Ela vai até o shopping e encontra lojas de calçados. Algumas têm a numeração, mas não a cor. Outras possuem o produto preto, mas somente masculino. Ou ainda outras podem ter o produto, mas apenas para uso casual e não para esporte.

Há alguns anos, a consumidora teria que se contentar com um produto diferente do que estava procurando, pois o catálogo era limitado e a própria demanda gerada pelo consumidor se bastava com poucas opções. Agora, com a evolução do consumidor e a busca por produtos mais customizados, as empresas precisam aumentar significativamente o sortimento. E são com os e-commerces e marketplaces, as possibilidades tornam-se infinitas.

Como a evolução do perfil de compras impacta no processo de compra, nos lojistas e, consequentemente, no mercado de shopping center? O processo de compra começa muito antes da pessoa ir até o shopping e visitar uma loja física. A conversão pode ocorrer, inclusive, quando estão no e-commerce:
  • 96% fazem uma pesquisa online antes de decidir se vai ou não à loja;
  • 95% pesquisam o produto antes de comprar na loja física;
  • 92% gastam mais tempo na pesquisa online do que dentro da loja;
  • 93% verificam se pode comprar online;
  • 87% conferem online se a loja à qual pretende ir tem o produto que deseja;
  • 72% fizeram compra em loja online que nunca conheceu pessoalmente;
  • 66% compraram online e retiraram presencialmente.
Com a nova geração, quebrou-se a barreira entre os mundos online e offline. Por isso, o mercado de shoppings centers precisa aprender como acompanhar a fusão com tecnologia e adotar práticas atualizadas:
  • Atendimento personalizado: "saiba quem é seu consumidor";
  • Tenha um site com carregamento rápido;
  • Utilize o site e as redes sociais para tirar dúvidas em um tempo de resposta imediato;
  • Tenha um ponto físico para retirada de compras online;
  • Surpreenda: 63% das pessoas esperam ser surpreendidas com uma boa experiência de marca sempre que houver interação.
Um exemplo é a estratégia utilizada pelo Walgreens. De acordo com o Think With Google, a equipe de marketing utiliza o aplicativo mobile da drogaria para conectar os consumidores com os médicos e farmacêuticos das lojas físicas. Os consultores de beleza também utilizam constantemente tablets para verificar online os dados compra de cada cliente e fazer sugestões offline.

O sucesso do mercado de shopping center em Hong Kong

"The Mall Isn't Dead, It's Just Changing", afirma a Citylab. Será mesmo uma questão de mudança? Para provar seu ponto, cita o exemplo de Hong Kong que possui mais de 300 centros comerciais. Contudo, o diferencial está no local, longe do asfalto. Eles ficam em cima de estações de metrôs ou abaixo de arranha-céus. No último caso, podem ser considerados os shoppings verticais de maior altura no mundo inteiro, com mais de 26 níveis.

A mudança dos centros comerciais de Hong Kong e da forma de fazer negócios se deu após 1975, quando ao construir linhas de metrô, houve uma integração perfeita entre as paradas, escritórios e as lojas. Por isso, são os mais visitados globalmente. Estão cercados por milhares de pessoas, apartamentos e pedestres.

Em uma megaestrutura, também incluem residências, empresas e hotéis construídos em combinação com o shopping. Sem ruas, blocos ou edifícios individuais. Uma área gigantesca, do tamanho do Pentágono. Pensado estrategicamente para o fluxo de pedestres em todos os pontos de entrada estrutura.

Uma visão do possível futuro dos shoppings

Após análise, torna-se claro que tanto o fluxo quanto as vendas nos shoppings estão diminuindo e alguns dos motivos são:
  • mudança no comportamento do consumidor buscando comodidade;
  • estrutura familiar reduzida, o que modificou e expandiu a busca de entretenimento para outros centros;
  • demanda por mais produtos, tornando a vitrine física quase impossível de suportar a cobertura necessária.
Com a migração desse fluxo tanto de visita quanto de pedidos para o digital, o principal diferencial dos shoppings não será mais válido em 10 ou 15 anos. O tráfego e as vendas irão migrar massivamente para o ambiente que melhor atende às novas demandas: o mundo digital, por possuir preços menores e sortimento (quase) ilimitado proveniente do advento dos marketplaces.

Também devemos considerar que o incremento de vendas que iria unir o mundo físico ao online e aumentar a rentabilidade, ainda não se comprovou conforme previsões feitas há 5 anos. Portanto, ainda está em questão se as vendas no mundo digital efetivamente irão gerar vendas para o mundo físico.

Enquanto isso, as estratégias que geram visitas para os shoppings estão surtindo efeito. A Frávega, grande varejista argentino com mais de 120 lojas físicas e faturamento próximo a USD 1 bilhão, possui datas em que a opção pick-up supera 40% do total de pedidos. Na França, mais de 60% dos pedidos também são enquadrados nessa modalidade.

Sendo assim, podemos concluir que os shopping centers devem:

Se converter em provedores de serviços para despacho centralizado dos pedidos do mundo digital

Se o fluxo de pedidos seguir a tendência e migrar para o mundo digital, enquanto o senso de urgência no recebimento da mercadoria for um dos fatores críticos na decisão de compras, as lojas físicas dos shoppings devem se tornar centros de despacho, diminuindo o prazo e aumentando as vendas.

Porém, uma loja física criar a estrutura inicial necessária, além de disponibilizar mão de obra, pode ser um impeditivo. E é aí que há os shoppings centers, que ao oferecerem esse serviço, podem aumentar sua receita.

Essa estratégia é ainda mais benéfica quando observamos shopping centers de grande porte, pois uma grande quantidade de lojas aderindo ao modelo, gera uma vantagem competitiva para o shopping que, a partir do ganho de escala, pode oferecer serviços que sozinha, a loja não alcançaria com a mesma eficiência.

Viabilizar o pick-up store

Se o volume de pick-up store é uma realidade, enquanto o aumento das vendas cross e up selling do pedido online não aconteceu, direcionar o cliente para a loja física pode ser aumentar o custo da loja, dado que o tráfego não é qualificado.

A criação de áreas de retirada de pedido centralizados no shopping, torna o processo mais cômodo para o próprio consumidor que, se desejar, pode ir à loja posteriormente para comprar novos produtos. Tornando ainda mais fácil, o consumidor poderia no próprio checkout online decidir se deseja retirar na loja ou no centro do shopping mais próximo.

Desenvolvimento de marketplace digital

Um dos únicos players com ativos suficientes para liderar a corrida como marketplaces digitais, são os próprios shoppings, afinal, eles já possuem grande quantidade de sellers em suas bases.

Ações de entretenimento

Como uma última opção, aumentar as ações de entretenimento do shopping pode gerar mais fluxo de potenciais consumidores. Mesmo que o fluxo não seja o ideal, pois o objetivo prioritário não é a compra, o posicionamento das ações em áreas estratégicas leva o consumidor a percorrer todo o shopping, observando as lojas.

Com isso, o lojista consegue expor a sua marca para um grande volume de visitantes, aumentando o posicionamento da marca com um público potencial de vendas.

Por Rafael Forte, Country Manager da VTEX

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Por que se fala tanto agora em foco no cliente?

Hoje, o cliente passou a ser cada vez mais o foco da Inteligência Competitiva. Entenda a relação de causa e efeito dessa mudança com a chegada e massificação do mundo digital.

Há dois tipos de competição:
Em mercados fechados – nos quais o consumidor tem poucas escolhas entre os diferentes fornecedores, há forte barreira regulatória para novos competidores, próximo a oligopólio, como é, por exemplo, o setor de telecomunicações brasileiro;
Em mercados abertos – nos quais o consumidor tem muitas escolhas entre os diferentes fornecedores, há nenhuma ou mínima barreira regulatória para novos competidores, como é hoje, por exemplo, o setor aplicativos de táxi.
Em mercados fechados, o consumidor não tem liberdade de escolha e, portanto toda a competição é feita INDEPENDENTE do consumidor que tem pouca opção.
O cliente não é o foco da Inteligência Competitiva, que passa a procurar cada vez mais os movimentos do concorrente, pois o fator cliente é mais fixo.
Digamos aqui que o foco da Inteligência Competitiva é o concorrente.
Em mercados abertos, o consumidor passa a ter liberdade de escolha e, portanto toda a competição é feita cada vez mais DEPENDENTE do consumidor que tem cada vez mais opção.
O cliente passa a ser o foco da Inteligência Competitiva, que passa a procurar cada vez mais os movimentos do cliente, pois é preciso entender as demandas.
Digamos aqui que o foco da Inteligência Competitiva passa do concorrente para o cliente.
Existem alguns tipos de passagem de mercado fechado para aberto ou vice-versa:
Regulatória específica – determinado setor, que ganha ou perde regulação específica, que atinge apenas um segmento;
Mudanças políticas – de governo com estado mais para menos regulador, que atinge todas as organizações de um país;
Mudanças midiáticas – quando se chega novas mídias descentralizadoras em escala global, que permite que o cidadão/consumidor passe a estar muito mais bem informado e o surgimento de novos canais de distribuição e produtos, permitindo a chegada de novos concorrentes e atinge TODAS as organizações de todo o planeta.

Vivemos hoje a terceira via, a chegada e massificação do ambiente digital.

Tal mudança modifica radicalmente o ambiente competitivo da sociedade. O mundo, não só um setor, um país, uma região, mas todo o planeta, saiu da competição em mercado fechado para o aberto.
Novas mídias abriram, de forma rápida e disruptiva, os canais de distribuição de ideias, produtos e serviços, permitindo, pela ordem:
  • que o consumidor tivesse mais informação;
  • que as antigas barreiras regulatórias em diversos setores perdessem a validade (o caso dos táxis é emblemático);
  • que novos concorrentes entrassem em mercados antes fechados.
Revoluções de Mídia, já vimos isso no passado, modificam o ambiente competitivo da sociedade, provocando, passagem de ambiente competitivo fechado para aberto.
E, por causa da nova mídia, vemos hoje, uma macro-tendência do foco da Inteligência Competitiva do concorrente para o cliente.
As organizações pré-digitais, que estavam habituadas a viver em ambiente de competição fechada, têm hoje mais dificuldade de viver nesse ambiente mais aberto.
Este é um dos grandes desafios que os profissionais de Inteligência Competitiva têm que superar, pois foram capacitados para viver num ambiente fechado e analógico e agora têm que lidar com o aberto e digital.
Exige forte mudança de paradigma.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Brasil tem 59,4 milhões de inadimplentes, mostra pesquisa


Pesquisa inédita do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), mostra que há no país hoje 59,4 milhões de pessoas com o CPF negativado - o que significa que o nome já foi parar nas listas de inadimplentes, após 90 dias de atraso. Em janeiro, eram 58,3 milhões de inadimplentes. A dívida média em atraso é de R$ 2.980, mas 43% não sabem ao certo o quanto devem.
Segundo o SPC Brasil, a maioria dos inadimplentes é de mulheres (56%), reflexo da população do país. Por faixa etária, a maior concentração de calotes está na faixa entre 25 e 49 anos, que detém 65% da amostra. E nove em cada dez inadimplentes pertencem às classes C, D e E (93%), enquanto os 7% restantes são das classes A e B.
"Mesmo com inflação abaixo de 3% e queda nos juros, o brasileiro ainda não sentiu no bolso os efeitos desse processo. O desemprego continua elevado, e a renda segue deprimida, afetando a vida financeira das pessoas", diz Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.
O estudo revela ainda que, de cada dez endividados, cinco (48%) não creem que conseguirão pagar nem parte das pendências nos próximos três meses.

Fonte: Gazeta Online

Por que as marcas morrem?


Motivos para um negócio chegar ao fim são relacionados à

capacidade de renovação

Sei que você acha que 5G não tem a ver com você, mas tem sim.

Relatório da 5G Américas dá pistas de como serão as coisas (literalmente, já que estamos falando da Internet das Coisas) quando a tecnologia estiver rodando em nosso cotidiano na real e como isso mudará nossas vidas para sempre.

Comece a ler rápido notícias sobre o mundo telecom como se fossem notícias sobre o mundo do marketing e da comunicação. Sabe por quê? Porque SÃO DE FATO NOTÍCIAS DO MUNDO DO MARKETING E DA COMUNICAÇÃO!

Pois aqui vai uma importante: a 5G Americas, a associação setorial e de voz da 5G e LTE nas Américas, anunciou semana passada a publicação relatório de LTE para 5G.

E o que isso quer dizer?

Bom, você talvez não saiba o que é LTE. LTE, em inglês, quer dizer Long Term Evolution ou evolução de longo termo, ou, explicando melhor, é um novo padrão para redes de telefonia móvel que foi criado para permitir que os novos standards de alta velocidade e de carga de dados que vão ser necessários com a chegada do 5G sejam compatíveis com os padrões de rede hoje existentes, como GSM, HSPA e CDMA, que usamos nos nossos celulares e que rodam o 3G e o 4G.

É uma tecnologia-ponte. O que temos para o momento face a proximidade de chegada do 5G.

E o que é 5G? É a evolução de todos os outros Gs que ouvimos falar até agora, só que um pouquinho mais potente. Para exemplificar simplesinho aqui, o sistema 4G permite velocidades de até 01 Gigabit. O 5G vai permitir até 50 gigabit.

Nem você, nem eu, nem ninguém neste planeta perdido no Universo jamais vimos algo assim. 5G está sendo criado para a Internet das Coisas, em que tudo estará conectado.
E o que isso tem a ver com marketing e comunicação? Tudo: quando as coisas estiverem conectadas, poderemos usar essa conectividade a serviço das nossas marcas. Entendeu?

Versões não totalmente plenas da tecnologia 5G começarão a rodar já em 2019.

No release da 5G Américas, o Presidente da entidade, Chris Pearson, diz o seguinte: “O futuro da banda larga móvel, que inclui a LTE-Advanced e a 5G, é muito promissor, e suas capacidades não param de evoluir. Os padrões e os trabalhos de pesquisa e desenvolvimento focados na tecnologia 5G estão adiantados e pode ser possível implementar a tecnologia em ambientes comerciais antes do previsto. Em 2021, a LTE deve representar 4,7 bilhões de conexões em 2021 (WCIS, Ovum); as tecnologias LTE e a 5G devem ser amplamente interdependentes até o final da década de 2020”.

Duas coisas a destacar na declaração dele. Leiam de novo … 4,7 bilhões de conexões. Olha, é mais que a Rede Globo, garanto. E que o Google todo. Junto com o Facebook.
A outra é que a tal tecnologia-tampão LTE vai ficar válida até lá. Isso é mais técnico, mas quer dizer que apenas depois disso vamos ter um salto de fato inteiro e pleno para o 5G, o que deve rolar após 2020.

Mas veja, já nas Olimpíadas de 2020 a coisa vai pegar feio. Vamos ver um nível de interatividade que jamais vimos. Vai ser lindo.

Dá só uma olhada no que o relatório da 5G Américas aborda:
  • Aceleração de pesquisa e desenvolvimento de 5G;
  • A definição de 5G Novo Rádio (NR);
  • A LTE como padrão global para a tecnologia celular;
  • As grandes vantagens da LTE-Advanced;
  • A adoção em massa da Internet das Coisas com as novas capacidades de IoT Celular em 3GPP Release 13;
  • Maior integração de espectro não licenciado com o espectro celular;
  • A importância das frequências em bandas baixas, médias e altas para a 5G;
  • Novos modelos de espectro que incluem frequências licenciadas, compartilhadas e não licenciadas;
  • O progresso na área de células pequenas;
  • A Emergência de Virtualização de Funções de Rede (NFV);
  • A linha do tempo da 3GPP para desenvolvimento de padrões LTE.
O relatório explica a transformação da banda larga e descreve o caminho pra a 5G, além das capacidades planejadas e previstas para as tecnologias sem fio LTE e 5G. É um documento muito técnico de 224 páginas, ilegível para nós que não somos do ramo, mas ainda assim vale a pena dar uma olhada ainda que na transversal, porque temos que começar a nos familiarizar com esse mundo novo para nós.


Eu fiz isso e nele tem coisas curiosas como a  projeção de uso de wearables, ou seja, usáveis conectados. Olha o gráfico aqui (de novo, se as coisas que as pessoas usarem em seus corpos estarão todas conectadas com o 5G e a Internet das Coisas, as marcas poderão se utilizar dessa possibilidade para se relacionarem com seus públicos, certo?).


Diz também que todas essas evoluções vão trazer incrementos significativos para as tecnologias mobile indoors, ou seja, vamos ter ainda maior precisão de identificação dos consumidores em ambientes fechados.

Mostra também como vai evoluir a banda larga e onde ela começará a ter impacto muito além do que temos hoje.

(*) IMT é International Mobile Telecommunications

O documento aponta ainda mais de 70 setores em que a Internet das Coisas vai se expandir. Veja abaixo.
E só pra você saber, as empresas que estão testando esses novos protocolos são: America Móvil, AT&T, Telefónica, T-Mobile, NTT DoCoMo, Softbank, Singtel, Telstra, Deutsche Telekom, Korea Telecom, SK Telecom, Etisalat, Turkcell, Verizon, Vodafone, TeliaSonera, LG Uplus, China Mobile, China Unicom e Telecom Itália.

E o Brasil? Bom, temos hoje cerca de 60 milhões de aparelhos operando em 4G. É bem pouco diante da população total do País. Mas, por outro lado, é bastante para muitas marcas.

O 5G no País vai começar a ser realidade algo perceptível em um pedaço da população já em 2020.

Para dar esse salto, o País firmou um acordo com a União Europeia, os Estados Unidos, a Coreia do Sul, o Japão e a China. Foi o Kassab que firmou isso durante o último Mobile World Congress lá em Barcelona. Eu tava lá e acompanhei.

A parceria foi firmada por representantes do Projeto 5G Brasil – composto por 18 entidades representativas, empresas e centros de pesquisa brasileiros, com participação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

O Brasil é o sexto país a participar das tomadas de decisão sobre o funcionamento da tecnologia 5G no mundo. Ou seja, como sempre, a gente vai reboque. Mas também não é que estaremos lááááá na rabeira.

E também como sempre, os primeiros a terem acesso à rede 5G serão as classes mais bem situadas no topo da pirâmide. Só que, em poucos anos, até 2025, a tecnologia terá sido já bastante disseminada no mundo e aqui também.

Acompanhe de perto essa jornada. Ela vai impactar seus negócios como você hoje, certamente, não imagina.

Por Pyr Marcondes, Diretor-geral da M&M Consulting para a Meio & Mensagem.