sexta-feira, 28 de julho de 2017

Investimentos para Marketing crescem, mas não atingem valor planejado

Pesquisa com líderes afirma que, apesar da intenção de aumento em 36%, budget foi menor do que o esperado.

O investimento em marketing de 36% das empresas aumentou em 2016, enquanto 33% planejaram diminuir o orçamento e 31% mantiveram o mesmo valor. Esse dado foi divulgado pela Croma Solutions, que realizou um estudo com presidentes, vice-presidentes e diretores de anunciantes, agências e veículos de comunicação no Brasil. Entre os segmentos que planejaram aumentar o budget para o ano se destacaram cosméticos, 'perfumaria e cuidados pessoais' (66%), 'alimentos e bebidas' (65%) e 'saúde' (55%).
“O brasileiro costuma destinar 2% do seu orçamento à compra de produtos de higiene e beleza. Hoje, o comportamento de compra do shopper dessa categoria impacta na quantidade e na frequência de compra, mas não na compra em si. Ele continua considerando a categoria na sua cesta de compras, mas passa a avaliar com mais cautela o custo/benefício e deixa de fazer compras por impulso, privilegiando compras abastecedoras e de reposição regular ou promocionada”, diz Edmar Bulla, CEO da Croma.
Os que optaram por diminuir os investimentos foram os segmentos de 'moda e acessórios' (61%), 'educação' (61%), 'super e hipermercados' (60%), 'bancos e instituições financeiras' (49%) e 'lazer, viagens e entretenimento' (45%).  “No geral, a crise e o desemprego moldaram novos hábitos do brasileiro, desde a compra de bens duráveis até itens essenciais”, afirma Bulla.
O estudo, que se chama Marketing Compass, afirma que entre 36% das empresas que planejaram aumentar o orçamento, 27% o conseguiram implantar. Por outro lado, todas as categorias realizaram um aumento menor do que o planejado, com destaque para o setor de 'construção e reforma', com recuo de mais de 70% na execução.
“Os anunciantes que participaram das entrevistas qualitativas do estudo reportaram uma busca por equilíbrio no orçamento realizado, aliada a uma certa pressão para fazer mais com menos”, detalha o CEO da Croma.
 Os dois segmentos que lideraram a maior intenção de investimento foram os que menos realizaram incrementos. Em 'cosméticos e perfumaria', o aumento foi 47% menor do que planejado, enquanto o de 'saúde' executou um orçamento 44% menor do que pretendia. Por outro lado, 'educação' superou as expectativas e cresceu em 82% o investimento em relação ao que foi previsto.
O marketing digital aparece com crescimento de 12% no valor total de mídia, chegando a R$ 10,4 bilhões segundo a pesquisa da Digital ADSpending, liderada pela IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau). “A crise do cenário econômico brasileiro, a era da informação e o surgimento do consumidor 3.0 estão transformando radicalmente a relação entre marcas e pessoas. O digital alterou a forma de atuação das organizações, que procuram mais agilidade e inovação”, explica Bulla.
Pontos de venda (35%) e ações de relacionamento (30%) se destacaram pelo aumento de verba injetada. Por outro lado, a mídia impressa teve 53% menos recursos e ações de promoções, patrocínios e eventos. A TV, sendo ela aberta, fechada e merchandising, continua tendo 71% do destino das verbas publicitárias.
Os objetivos planejados pelos líderes foram atingidos, totalmente, apenas em 8% dos casos. Além disso, somente 32% das empresas consideraram que os investimentos atenderam mais de 75% das metas. “Apesar de muito se falar em planejamento estratégico voltado à jornada de compra e consumo, o que inclui também o uso cada vez maior dos meios digitais, o Marketing Compass traz à tona a complexidade desse cenário”, conclui Edmar Bulla.
O estudo com abrangência nacional, contou com a participação de empresas nos segmentos de serviços, alimentos, bebidas, informática, tecnologia, moda, acessórios, indústria, cosméticos, perfumaria, construção, decoração, educação, saúde, lazer, viagens, entretenimento, eletroeletrônico, supermercados, além de instituições financeiras e bancos. A amostragem incluiu desde empresas com até nove funcionários até aquelas com mais 1 mil. Os faturamentos variam entre menos de R$ 360 mil até mais de R$ 300 milhões. A etapa quantitativa entrevistou por meio de um questionário online 284 diretores, vice-presidentes de marketing responsáveis pelo budget nas empresas, presidentes, CEOs de agências de comunicação e diretores comerciais de veículos de comunicação.
Fonte: PropMark

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Dica de Leitura Grupom - "Mindset"

"Mindset", de Carol Dweck.
Carol S. Dweck, professora de psicologia na Universidade Stanford e especialista internacional em sucesso e motivação, desenvolveu, ao longo de décadas de pesquisa, um conceito fundamental: a atitude mental com que as pessoas encaram a vida, que ela chama de "Mindset", é crucial para o sucesso.
Neste livro, Dweck revela como o sucesso pode ser alcançado pela maneira como as pessoas lidam com objetivos. O Mindset não é um mero traço de personalidade, é a explicação de por que as pessoas são otimistas ou pessimistas, bem-sucedidas ou não. Ele define a relação com o trabalho e com as pessoas e a maneira como educam os filhos. É um fator decisivo para que todo o nosso potencial seja explorado.

terça-feira, 25 de julho de 2017

Porque as pessoas deixam os seus empregos em grandes empresas de tecnologia?

Por Renato Serra, Social Media da Grupom Consultoria e Pesquisas.

A resposta está em um recente estudo do Kapor Center for Social Impact, realizado com a Harris Poll, que teve como objetivo investigar as diferentes experiências de ex-funcionários de empresas do setor de tecnologia nos EUA, notadamente aquelas localizadas no Vale da Tecnologia. O estudo indicou que o outrora sonho de 10 entre 10 profissionais de tecnologia de trabalhar em empresas como Google, Facebook, Apple, entre outras, revela hoje conflitos, reclamações e decepções.
Hoje tal unanimidade não existe, apesar de muitos profissionais ainda desejarem entrar nesse mundo de escritórios com salas de jogos e comida grátis. Outros profissionais, que alcançaram este sonho escolheram abandonar o Vale. O motivo mais comum para esta decisão é o sentimento comum de receberem um tratamento injusto.

Os motivos mais comuns para os profissionais de todos os perfis deixarem os seus empregos foram: Tratamento injusto (37%), que apareceu na frente da busca por uma vaga melhor (35%), da insatisfação com o ambiente de trabalho (25%) ou com as obrigações do cargo (22%), e de ser recrutado por outra empresa (19%). Ele também aparece como fator que contribui para a decisão mesmo no caso daqueles que tinham outros motivos principais. Dois terços dos profissionais indicam que teriam ficado na empresa se ela tomasse medidas para melhorar sua cultura.

Para o estudo, foram entrevistados dois mil profissionais que pediram demissão de empresas do setor de tecnologia ou de empregos da área em companhias de outros setores nos EUA, ao longo dos últimos três anos.

Para agravar ainda mais o quadro de insatisfação, uma em cada dez mulheres sofreu assédio sexual no emprego mais recente, e os casos de assédio aconteceram com mais frequência no setor de tecnologia do que entre funcionários de empresas de outros setores.
Foi identificado pelo estudo que em organizações com iniciativas de diversidade, menos profissionais reportaram comportamentos prejudiciais como razão para a saída. Isso só aconteceu, no entanto, em companhias com uma estratégia ampla e profunda, e não apenas medidas pontuais.
Fato é que em um cenário empresarial cada vez mais competitivo, possuir recursos materiais, bens financeiros e muitas inovações tecnológicas pode não ser a garantia para que grandes empresas consigam manter em seus quadros profissionais mais qualificados. É nítido que as pessoas sonham mais e buscam, hoje em dia, trabalhar em empresas nas quais as qualidades referentes ao trabalho de um colaborador, bem como suas habilidades e experiências pessoais, não podem ser substituídas ou supridas por bens materiais.

No final das contas, vale uma reflexão feita pelo empresário Abílio Diniz com relação ao conceito de “Empresas “Humanas”, que diz: “Não dá pra ter uma empresa de alta performance se não for uma empresa que tenha gente comprometida com gente e trabalhando para gente. Se não for uma empresa humana, que tenha alma e coração, não vai ser uma empresa de alta performance”. E acrescento: Também não será uma empresa moderna e com um quadro de colaboradores plenamente satisfeitos.


As 20 marcas que a geração Y mais ama e consome

A marca que tem maior percepção entre os jovens da Geração Y é o Uber, de acordo com o ranking BrandIdex, produzido pela YouGov.

Em relação ao ranking do ano anterior, a Uber cresceu 8,2 pontos percentuais neste ano, mesmo com a demissão do seu CEO e alegações de abuso sexual.

Das 20 principais marcas elencadas no ranking, destacam-se as marcas do mundo digital como Twitter, Snapchat e Airbnp. Além dessas, marcas tradicionais como Adidas, Puma e Visa, que já existiam antes da era digital, estão no ranking. De acordo com a YouGov, por conta das suas capacidades de se reinventarem.

O ranking avaliou, para cada marca, uma pontuação especifica que representa a porcentagem de millennials dos Estados Unidos que, nos últimos 30 dias, consumiram ou usaram os serviços específicos da marca. As marcas foram classificadas com base no quanto a pontuação cresceu no último ano a partir de entrevistas com mais 1,5 milhões de consumidores, todos com idades entre 18 e 29 anos.


Confira a seguir o ranking completo:


Fonte: Infomoney

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Brasileiros elegem saúde, educação e erradicação da fome e pobreza prioridades, diz estudo da ONU

Consulta feita em parceria com o Ibope ouviu 2 mil brasileiros sobre os objetivos de desenvolvimento sustentável contratados pelo Brasil junto às Nações Unidas
RIO – Erradicar a pobreza e a fome e garantir saúde e educação de qualidade são as ações mais citadas por brasileiros quando questionados sobre o que traria mais benefícios ao país. A pesquisa, realizada pela ONU em parceria com o Ibope, entrevistou 2.002 maiores de 16 anos em 143 municípios brasileiros no mês de abril. O objetivo era levantar a percepção da população sobre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) contratados em 2015 pelos países signatários das Nações Unidas, a chamada Agenda 2030. Na semana passada, reportagem publicada pelo O GLOBO mostrou que dois esses objetivos, a erradicação da pobreza e da fome, estão ameaçados devido ao desemprego recorde, a crise fiscal e à recessão que impede a economia de voltar a crescer. O alerta é de relatório elaborado por mais de 40 entidades da sociedade civil, entregue à ONU recentemente.
— Entendemos que os brasileiros elegeram essas prioridades porque são questões sociais importantes, porque fazem parte de suas experiências, seja profissional ou de vida e sobre o que ela está vivendo nesse momento, mas também porque fazem parte da agenda das Nações Unidas — explicou Haroldo Machado Filho, co presidente do grupo Assessor do Sistema ONU no Brasil sobre a Agenda 2030, complementando que, para a ONU, todos esses temas são igualmente importantes porque a ideia é que o desenvolvimento sustentável pleno só acontecerá se todos os 17 objetivos caminharem em igualdade:
— Dizemos que são objetivos integrados e indivisíveis — complementou.
Além dos cinco ODS já citados, a Agenda 2030 ainda engloba compromissos acerca do alcance da igualdade entre homens e mulheres, a garantia ao acesso à água e saneamento, à energia elétrica, apoio à infraestrutura de qualidade, industrialização sustentável e inovação, tonar as cidades sustentáveis, promover padrões sustentáveis de produção de consumo, implementar ações para combater a mudança do clima, proteger e recuperar os riso e oceanos, recuperar terras e florestas, promover a paz, proporcionar acesso à justiça e fortalecer as parcerias entre países para promover ações sustentáveis.
Garantir saúde de qualidade foi citada por 35% dos entrevistados, seguido de acabar com a pobreza (33%), depois garantir educação de qualidade (31%), garantir emprego e condições adequadas de trabalho (26%) e em quinto acabar com a fome e desnutrição e promover a agricultura sustentável (24%). A redução das desigualdades também se destacou. Foi citada como prioritária para trazer benefícios para o país por 19% dos entrevistados.
E, para a maior parte dos pesquisados é responsabilidade do estado fazer com que esses objetivos sejam cumpridos. O governo federal foi citado como responsável por 51% dos entrevistados, os governos estaduais por 46% e as prefeituras por 33%. Em seguida, empatadas, foram citadas a iniciativa privada e as instituições acadêmicas, ambas citadas por 14% dos entrevistados. Somente 4% dos entrevistados respondeu que a maior responsabilidade pela implementação dos ODS seria da própria população.
— Queremos reverter no futuro essa questão de baixa participação. O futuro é de todos, então, as pessoas precisam se apropriar dele e se envolver nessa construção. O voluntariado ainda é pouco praticado no Brasil. Uma pessoa formada em faculdade pode dar aula em escolas públicas gratuitamente, pode ser mentor. O brasileiro é bastante solidário mas faz pouca atividade voluntária — avaliou o co presidente do grupo Assessor do Sistema ONU no Brasil sobre a Agenda 2030.
A pesquisa captou, ainda, que quase metade das pessoas desconheciam os objetivos (49%), enquanto 51% já tinha ouvido falar ou tinha algum ou bastante conhecimento sobre o assunto (51%).
— É aquela coisa de enxergar ou o copo meio cheio ou meio vazio. Nós vemos o copo meio cheio, pois os objetivos só têm dois anos. Pensamos até que seria maior a porcentagem de pessoas que desconheciam os ODS — completou Machado Filho.
Fonte: O Globo 

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Cultura empresarial é o principal obstáculo à transformação digital


O novo estudo do Instituto de Transformação Digital da Capgemini, em colaboração com Brian Solis, analista e especialista no setor digital, revela que 62% dos inquiridos considera que a cultura empresarial é o principal obstáculo no processo de transformação digital das empresas e o principal risco de perda de competitividade no atual contexto de mercado.

A pesquisa “The Digital Culture Challenge: Closing the Employee-Leadership Gap” aponta mesmo para um agravamento do fosso cultural entre gestores e trabalhadores de + 7 pontos percentuais comparativamente ao primeiro ano em que a Capgemini realizou o relatório em 2011.

O estudo inquiriu 1.700 profissionais de 340 empresas sediadas no Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Suécia, Holanda, Espanha e EUA e conclui que 40% dos gestores de topo considera que as suas empresas têm uma cultura digital mas apenas 27% dos trabalhadores partilham dessa opinião.  A cultura digital foi avaliada de acordo com 7 critérios, nomeadamente: práticas de colaboração, inovação, abertura cultural, predisposição para o digital, orientação ao cliente, cultura de dados para fundamentar decisões, agilidade e flexibilidade.

A verdade é que foi possível aferir que há uma clara dificuldade dos gestores criarem e transmitirem a sua visão de cultura digital, acompanhada da ausência de funções de referência na área do digital e de indicadores de desempenho que meçam a transformação digital nas suas organizações.

Além disso, a inovação é também um tema de desacordo, com 75% dos quadros dirigentes a indicar que  sua empresa possui uma cultura centrada na inovação contra 37% dos trabalhadores, ou seja, metade.

Por outro lado, o estudo revela que existem também posições dissonantes entre os gestores e os trabalhadores no que diz respeito às práticas de colaboração. Efetivamente, 85% dos dirigentes considera que as suas empresas promovem as práticas colaborativas, e apenas 41% dos trabalhadores está de acordo.

Relativamente a segmentação regional, o Reino Unido, a Suécia e os EUA possuem uma forte representação de líderes em cultura digital (63%, 60% e 56%, respetivamente). No que diz respeito aos setores de atividade, automóvel (43%), bens de consumo (38%) e telecomunicações (32%) são os  possuem a maior percentagem de líderes da cultura digital.

O estudo sublinha, assim, que as empresas não envolvem suficientemente os seus trabalhadores nos processos de mudança cultural e que esse é um factor chave para o sucesso. Os quadros dirigentes e intermédios devem ter a capacidade de transmitir a sua visão sobre o papel que o digital deve ter nas suas empresas, convertendo-a em objetivos mensuráveis e incentivando as condutas digitais positivas no seio das suas organizações.

“As tecnologias digitais podem oferecer níveis de valor acrescentado muito significativos, mas só as empresas que adotarem uma cultura digital duradoura poderão explorar este potencial. Para que as empresas possam crescer é fundamental atenuar as diferenças de perceção entre gestores e trabalhadores, no que diz respeito à existência ou não existência de uma cultura digital nas suas organizações”, afirmou, em comunicado, Cyril Garcia, Diretor Digital Services do Grupo e membro do Comité Executivo da Capgemini.

“As empresas deverão motivar, envolver e responsabilizar todos os seus trabalhadores, de modo a poderem realizar efetivamente a mudança cultural que urge fazer. Se as empresas fizeram da cultura digital uma das suas principais prioridades estratégicas, poderão melhorar substancialmente o relacionamento com os seus clientes, atrair mais e melhores talentos e empenharem-se em serem bem-sucedidas no mundo digital dos nossos dias”, acrescentou o executivo.

A versão completa do “The Digital Culture Challenge: Closing the Employee-Leadership Gap” está disponível aqui.

Fonte: BIT Magazine

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Como a tecnologia pode ajudar sua empresa a crescer

Novos negócios que usam soluções tecnológicas modernas alcançam resultados em menos tempo e com custo menor.


Como as pequenas e médias empresas podem se preparar para crescer? São muitas as variáveis a serem analisadas, mas um caminho comum à maioria dos negócios que querem se perpetuar e crescer pode estar no uso correto de soluções tecnológicas.
Isso porque a tecnologia auxilia empresas de todos os segmentos e tamanhos a atingir melhores resultados em menos tempo e com menor custo. Assim, se souberem aproveitar os recursos que têm à disposição, as empresas terão mais chances de crescer rapidamente, manter os custos sob controle e ainda oferecer vantagens aos clientes.
“Existe hoje muita tecnologia boa e acessível à disposição das empresas que querem ser mais eficientes”, afirma o professor Alberto Albertin, coordenador do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada e do Programa de Excelência em Negócios na Era Digital da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP).
Na maioria dos segmentos de negócios, a tecnologia já se tornou essencial para que as atividades das empresas possam ser realizadas no menor tempo possível e com pouco (ou nenhum) erro. 
Bom começo
Tudo começa com uma boa infraestrutura de hardware. “É preciso não apenas adquirir, mas integrar e gerenciar o parque de hardware”, afirma Albertin. A boa notícia é que não faltam no mercado alternativas para facilitar o investimento inicial e a gestão da infraestrutura, como a computação em nuvem e o outsourcing de equipamentos.
“Com base nas necessidades presentes e futuras, e na sua capacidade de investimento, as empresas devem decidir o nível de atualização adequada para o hardware”, diz Albertin.
Tem dúvida sobre o que comprar? Buscar fornecedores que ofereçam uma venda consultiva pode ajudar a traçar uma estratégia que atenda aos diferentes perfis de funcionários da empresa, que mantenha o parque sempre atualizado, e que suporte o crescimento do negócio sem a necessidade de novos e altos investimentos.
“Planejar evita custos e riscos desnecessários”, afirma o professor Albertin. 
Ganhos de Escala
Uma empresa pode ser mais ou menos informatizada, dependendo do seu porte, mas não dá para imaginar que um negócio possa crescer sem utilizar tecnologia para automatizar processos e, assim, ganhar escala e produtividade.
“O mercado oferece muitas alternativas para suprir as mais diversas necessidades das pequenas e médias empresas”, afirma Nelson Destro Fragoso, coordenador de desenvolvimento e inovação e responsável pela Incubadora de Empresas da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Uma alternativa que começa ser utilizada para as soluções de infraestrutura é o modelo HaaS (Hardware as a Service).
“Para muitas empresas, o hardware como serviço é uma boa opção, pois reduz o custo dos ativos e facilita a modernização”, afirma Breno Barros, diretor de inovação e digital da consultoria e prestadora de serviços Stefanini. “O impacto desse modelo é muito grande, porque impede que a tecnologia usada se torne obsoleta”, diz Barros.
Optando por hardware como serviço, as empresas evitam novos custos e podem focar no crescimento. 
Ambiente Colaborativo
Outro benefício que a tecnologia traz para as empresas que querem se desenvolver é o aumento da interação e da colaboração entre as equipes.
“Quando disponibiliza informações a qualquer hora e em qualquer lugar, excluindo restrições de tempo e espaço, a empresa faz com que haja maior interação e mais colaboração entre as pessoas”, afirma Albertin. Isso gera ganhos de produtividade e agilidade na tomada de decisões, dois fatores importantes para acelerar o potencial de crescimento em todas as áreas de negócios.
Para prosperar, as empresas iniciantes precisam ainda de tecnologia que se dimensione rapidamente e que se adapte a inovações e mudanças de rumo. Assim conseguem passar da fase de startup e se tornarem grandes empresas.
Levar em conta o interesse dos funcionários na hora de definir a tecnologia a ser comprada é um movimento cada vez mais presente nas pequenas empresas nacionais. Uma pesquisa recém-realizada pelo IBOPE CONECTA a pedido da Dell, com 401 profissionais responsáveis por TI em empresas com até 99 funcionários, descobriu que a metade das empresas planeja comprar novos computadores no prazo de até seis meses ainda este ano.
A pesquisa mostra, ainda, que 59% das empresas leva em conta a opinião do colaborador na hora de escolher o hardware. “Isso mostra que as empresas que o PC representa hoje uma ferramenta fundamental para garantir a produtividade dos profissionais e a satisfação deles com o trabalho”, diz Diego Puerta, Vice-presidente para Consumidor Final e Pequenas Empresas da Dell Brasil.

terça-feira, 18 de julho de 2017

Pesquisa traça potencial de consumo em comunidades


Sol Nascente/DF

Estudo do Outdoor Social mapeou as 10 comunidades mais populosas do Brasil.

O Outdoor Social finalizou uma pesquisa com o objetivo de descobrir o potencial de consumo, em diversos segmentos, das 10 comunidades mais populosas do país: Rocinha (RJ), Sol Nascente (DF), Rio das Pedras (RJ), Coroadinho (MA), Baixadas da Estrada Nova Jurunas (PA), Casa Amarela (PE), Paraisópolis (SP), Cidade de Deus (AM), Heliópolis (SP) e Baixadas da Condor (PA). Em 2016, as periferias brasileiras movimentaram mais de R$ 141 bilhões e as classes B2, C1 e C2 responderam por 65% desse total - ou R$ 96 bilhões.

"É um mercado que cresce exponencialmente. Segundo a Organização das Nações Unidas – ONU, em 2020, 55% da população mundial estarão vivendo em comunidades.", diz Emilia Rabello, fundadora do Outdoor Social. Segundo ela, o levantamento foi feito para que agências e empresas identifiquem o grande potencial de consumo de comunidades e periferias.
"A partir de agora vamos disponibilizar diferentes pesquisas para o mercado publicitário”, diz Emilia. 
A pesquisa aponta o que os moradores de cada localidade priorizam na hora de ir às compras: enquanto os moradores da Rocinha (RJ) e Sol Nascente (DF) investem mais no consumo de medicamentos e eletrodomésticos, os moradores da Casa Amarela (PE) investem mais na compra de calçados e produtos de higiene pessoal.
“A partir da pesquisa do Outdoor Social é possível identificar que, apesar da crise econômica atual, iniciada em 2015, a classe C, que se revelou extremamente importante para movimentar o consumo interno no Brasil, foi a que menos sofreu com a perda do potencial de consumo, 2,2% contra 9,7% das classes A e B, segundo dados da PNAD 2015. Assim, os integrantes da classe média, presentes nas periferias de todos os Estados brasileiros, permanecem sendo um público consumidor extremamente importante e com enorme potencial a ser explorado”, explica a socióloga Rose Faria, responsável pelo relacionamento com as Comunidades do Outdoor Social.
Confira alguns dados do estudo, por comunidade:
Sol Nascente (DF)
Considerada uma das maiores comunidades da América Latina, Sol Nascente, localizada em Ceilândia, no Distrito Federal, tem mais de 64 mil habitantes. Na pesquisa do projeto Outdoor Social, a liderança da comunidade, levando em conta o potencial de consumo, é registrada em oito categorias: calçados, com mais de R$ 10 milhões por ano; recreação e cultura, com mais de R$ 12 milhões; despesas com viagens, com o equivalente a R$ 14 milhões e 339 mil, e eletrodomésticos com mais de R$ 24 milhões. Além disso, Sol Nascente aparece em destaque também quando citadas as seguintes categorias: livros e material escolar, mais de R$ 5 milhões; matrículas e mensalidades, com mais de R$ 12 milhões; mobiliários e artigos do lar, com cerca de R$ 15 milhões, e veículos próprios, com R$ 76 milhões e 452 mil.
 Baixadas da Estrada Nova Jurunas (PA)
A comunidade paraense, onde moram mais de 54 mil pessoas, lidera o potencial de gastos em cinco tópicos. No segmento alimentação em domicílio, os gastos totais, por ano, ultrapassam os R$ 133 milhões. No segmento artigos de limpeza, são mais de R$ 6 milhões e com bebidas, o investimento supera R$ 14 milhões. Em higiene pessoal, a quantia é bem representativa e ultrapassa os R$ 20 milhões. Já em produtos de vestuário, o número é ainda maior: mais de R$ 28 milhões.
 Rio das Pedras (RJ)
A comunidade localizada na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, lidera o potencial de gastos em cinco tópicos: medicamentos (R$ 31 milhões), material de construção (R$ 42 milhões 130 mil), despesas com saúde (R$ 18 milhões e 300 mil), transportes (R$ 60 milhões) e refeições fora de casa (R$ 53 milhões 261 mil). Rio das Pedras tem mais de 56 mil moradores.
 Rocinha (RJ)
O potencial de gasto dos moradores da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, é de mais de R$ 7 milhões 696 mil com produtos classificados no segmento fumo. Na Rocinha, moram mais de 70 mil brasileiros.
 Cidade de Deus (AM)
Na Cidade de Deus, zona norte de Manaus, moram 48 mil pessoas e a liderança do potencial de gastos é no segmento habitação, com mais de R$ 112 milhões.
 Outros dados de segmentos mais consumidos por comunidade:
Rocinha (RJ) – 16,71% (medicamentos); 13,63% (eletrodomésticos); 12,86% (calçados) e 12,28% (alimentação)
Rio das Pedras (RJ) – 13,64% (medicamentos); 11,25% (eletrodomésticos); 10,56% (calçados) e 10,09% (alimentação)
Sol Nascente (DF) – 13,67% (eletrodomésticos); 12,58% (medicamentos); 11,88% (calçados) e 11,47% (higiene)
Casa Amarela (PE) – 10,69% (calçados), 10,64% (higiene); 10,06% (eletrodomésticos) e 10,25% (limpeza)
Baixadas da Estrada Novas Jurunas (PA) – 12,99% (limpeza); 12,90% (alimentação); 12,16% (higiene) e 11,88% (calçados) 
Coroadinho (MA) – 10,62% (limpeza), 10,42% (alimentação), 9,01% (higiene) e 7,99% (medicamentos)
Cidade de Deus (AM) – 10,87% (alimentação), 10,52% (higiene); 8,46% (limpeza) e 8,03% (calçados)
Heliópolis (SP) – 11,44% (medicamentos); 9,47% (limpeza); 9,21% (eletrodomésticos) e 9,04% (calçados)
Paraisópolis (SP) – 11,88% (medicamentos); 9,75% (limpeza); 9,41% (eletrodomésticos) e 8,88% (calçados)
Baixadas do Condor (PA) – 9,52% (alimentação); 9,45% (limpeza); 8,89% (higiene) e 8,70% calçados

Fonte: PropMark

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Corra com moderação!

Embora a rapidez seja cada vez mais importante no sucesso dos negócios, nunca abra mão da qualidade da informação ao contratar uma pesquisa de mercado, opinião, mídia ou social. Um pequeno erro pode custar a perda de milhões
Com o avanço da tecnologia e a expansão da conectividade, os players de mercado precisam reinventar-se permanentemente para preservar o seu protagonismo. Uma das ferramentas essenciais na busca dos novos caminhos trilhados pelo consumidor é a pesquisa de mercado. Ao mesmo tempo em que esse turbilhão de mudanças acontece, as empresas de pesquisa buscam novas ferramentas e estratégias que ajudem os clientes a lidar, com razoável clareza, com esse universo em transformação. No entanto, a evolução da indústria de pesquisa busca acompanhar, instantemente, o ritmo das alterações sociais. Isso por um motivo simples: o nosso setor preza pela qualidade da informação e pelo impacto desses dados nos negócios dos clientes.
Não significa, porém, que a indústria de pesquisa esteja em busca de um padrão 100% perfeito. Não, isso não existe. É aí que a ABEP exerce seu papel como balizadora e guardiã dos princípios internacionais que devem orientar as atividades de seus mais de 140 filiados. Além do seu código de autorregulamentação e ética do setor e dos guias de boas práticas sobre temas, como divulgação de estudos, relacionamento com os respondentes e pesquisas eleitorais, os comitês internos da ABEP trabalham, atualmente, em novos instrumentos e ações direcionados à qualidade e à valorização das informações geradas pelas pesquisas de mercado. São dados que, usados com inteligência e criatividade, podem impactar positivamente nas ações mercadológicas dos clientes.
A agilidade cada vez mais torna-se um ingrediente essencial no êxito dos negócios, mas essa velocidade precisa ser administrada com muito critério. Os resultados muito rápidos, acompanhados de uma análise superficial e enviesada, podem colocar em risco milhões em investimentos. A ABEP tem filiados que realizam estudos on-line e off-line com enorme qualidade e assertividade. O problema é que clientes menos habituados com o universo da pesquisa podem ser levados a comprar gato por lebre, entregue ainda com um belo laço no pescoço.
No caso dos estudos on-line e daqueles que avaliam a experiência do consumidor, eles devem ser cercados do mesmo rigor ético e metodológico dos estudos off-line. Só que cada um no seu quadrado, respeitando características, eficiência, abrangência, e assim por diante. É por isso que há dois anos a ABEP vem atraindo e continua a atrair essa nova geração de profissionais e de empresas de perfil exclusivamente digital. Acreditamos que as pesquisas on-line e off-line caminham juntas. Cabe aos institutos apresentar aos clientes a estratégia mais eficiente para que as marcas consigam efetivamente dialogar com os consumidores, sem nunca deixarem de lado a qualidade, a veracidade, a eficiência e a segurança das informações.
Por Duilio Novaes, Presidente da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa – ABEP

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Dica de Leitura Grupom - "Dados Demais!"

Dados Demais! - De Thomas H. Davenport e Jin Ho-Kim
Elaborado por dois especialistas em análise de dados, esse livro busca ensinar, de forma simples e prática, algumas maneiras de formular hipóteses corretamente, reunir e analisar dados, e interpretar e comunicar resultados de maneira coerente.
Durante a leitura, você aprenderá a trabalhar com grandes volumes de dados de forma eficiente e relevante. Para isso, o livro traz o dia a dia de um profissional de pesquisa de mercado, além de desenvolver e aprimorar suas habilidades com a manipulação de dados pela sua capacidade de raciocínio e análise.

Trabalho em equipe: Cinco desafios a superar

O investimento em recursos para a formação e capacitação de equipes de alto desempenho é o principal meio para gerar maior vantagem competitiva.


Não são somente as finanças, as estratégias e nem a tecnologia que garantem o sucesso de uma empresa. O investimento em recursos para a formação e capacitação de equipes de alto desempenho é o principal meio para gerar maior vantagem competitiva. Ao colocar profissionais com elevada competência e comprometimento trabalhando focados em objetivos estratégicos é possível dominar qualquer empresa, em qualquer mercado, contra quaisquer competidores, em qualquer época.
Embora a teoria sobre equipes de alto desempenho seja facilmente assimilada por gestores e diretores, quando o assunto é tratado na prática as organizações muitas vezes não conseguem obter o resultado desejado, porque, sem perceber, acabam enfrentando cinco situações que afetam o desempenho das equipes. Esses desafios podem ser interpretados erroneamente como questões independentes, mas formam um modelo inter-relacionado em que a fragilidade a apenas uma situação pode ser letal para o sucesso de todo o grupo.
1. Falta de confiança
O medo de se mostrar vulnerável, de sofrer represálias e punições muitas vezes impossibilita a criação de uma base de confiança entre a equipe. Para todos os membros do time deve ficar clara a mensagem de que todos têm boas intenções e de que não há motivos para não ser transparente uns com os outros. Exercícios de histórias pessoais, atividades e reuniões diferenciadas são formas de manter a equipe integrada e mais confortável para realizar suas atividades.
2. Medo de conflitos
A incapacidade de criar confiança afeta e prejudica diretamente a gestão de conflitos e as políticas interpessoais. Algumas vezes, o conflito é visto como um grande problema nas organizações e, quanto maior os níveis hierárquicos, mais tempo se gasta tentando evitar esses debates passionais. Por outro lado, quando membros da equipe não debatem ou contestam abertamente ideias importantes, acabam gerando ataques pessoais. Conflitos produtivos possibilitam melhor solução dos problemas no menor tempo possível.
3. Falta de comprometimento
Se os membros da equipe não expressam suas opiniões por meio de debates abertos, raramente é obtido o comprometimento com as decisões tomadas, mesmo que concordem ou finjam concordar. O consenso remete a buscar a adesão da equipe mesmo quando a unanimidade é impossível e isso é considerado extremamente frágil. O ideal seria identificar que as opiniões foram ouvidas e levadas em consideração e definir que a decisão tomada é a melhor para a situação. Estabelecer prazos, rever os detalhes e criar um plano de contingência prevendo diferentes tipos de cenários combatem alguns problemas criados pela falta de compromisso.
4. Fugir das cobranças
A falta de comprometimento e a discordância sobre as escolhas feitas levam a mais uma situação crítica para as equipes de alto desempenho: a não identificação das responsabilidades de cada um. Como não há compromisso com a decisão tomada, até os membros mais engajados e motivados hesitam em fazer cobranças aos seus colegas em relação ao comportamento e a atitudes contraproducentes para o sucesso da equipe.
Essa relação de microgestão da equipe é primordial e a cobrança é necessária, de maneira respeitosa, demonstrando que os membros têm grandes expectativas em relação ao desempenho dos colegas. Uma boa maneira de reverter esse quadro é definir objetivos e padrões de trabalhos, assim como identificar claramente os papéis e responsabilidades do que cada membro da equipe deve fazer para obter o sucesso. Além de definir é importante exibir essas informações para que todos possam visualizar e para que ninguém consiga ignorá-los facilmente.
5. Falta de atenção aos resultados
A última situação ocorre quando os membros da equipe colocam suas necessidades individuais (ego, sucesso na carreira ou reconhecimento) acima dos objetivos da equipe. Por mais clara que seja a necessidade de que essa situação não ocorra, muitas equipes têm dificuldade em focar nos resultados do grupo. Elas não priorizam os objetivos significativos e querem apenas continuar existindo. Para estes casos é muito importante definir o foco e os resultados mensuráveis e apresentá-los a todos os membros. Com isso, as equipes tendem a trabalhar com mais afinco para alcançar e até mesmo superar todas as expectativas e metas estabelecidas.

Por Dyonata Laitener Ramos, coordenador de projetos do Instituto das Cidades Inteligentes, para o site CIO

    quarta-feira, 12 de julho de 2017

    A realidade tá ganhando de você de 10×0? Vire o jogo.

    Mudar, transformar, inovar são verbos intransigentes na realidade corporativa contemporânea. Ou você conjuga ou se ferra no jogo da sua vida profissional e na vida das suas marcas e da sua empresa. Mas há métodos para conjugá-los. Veja quais e sucesso.


    realidade está ganhando de você. Ela é mais rápida, mais complexa e mais inteligente que você. Admita, você está perdendo o jogo.

    Fiz aqui um rápido apanhado de métodos, processos, sistemas, programas e movimentos que estão impactando a evolução das pessoas e das empresas nos últimos anos e que podem ser a chave da sua vitória. Minha intenção é antenar você em como a evolução está acontecendo e mostrar que embora pareça que estamos vivendo no caos e, de fato perdendo o jogo, que há ordem nesse caos. E que você precisar mudar para vencer, mas tem suporte para isso, não é vire-se e dane-se generalizado. Tipo, perdeu para sempre. 

    Cada um dos itens abaixo pode e deve ser utilizado por você em sua vida profissional e em sua empresa. Parte deles evolui do mundo da tecnologia, mas pode perfeitamente ser aplicado na prática e na vida dos profissionais e empresas do setor da comunicação e do marketing. Basta vontade de aprender e coragem para implementar.

    Todos estão ampla e generosamente explicados e detalhados na internet, portanto você não tem nenhuma desculpa para não conhecê-los minimamente. Aqui é um micro basicão para contaminar você do vírus da transformação. Ao seu alcance, na tela mais próxima.

    Design Thinking – É um método de estratégia. Não tem diretamente a ver com o design estético a não ser pelo conceito de que o desenho pode conter a solução. Só que estamos falando aqui do desenho de pensamentos estratégicos para empresas. Como é um método, tem processos. Esses processos conduzem a formas diferenciadas para solução de problemas, incorporando modelos avançados de captação de informação, análise de conhecimento e, ao final, propostas de solução. Estimula soluções criativas e o pensamento empresarial fora da caixa. Seu ganho está em ser um atalho metodológico para a inovação.

    Growth Hacking – Como o nome diz, trata-se de haquear o crescimento. Traduzindo: encontrar brechas de expansão dos negócios que os métodos e processos tradicionais de crescimento das empresas não consegue. Essas brechas são atalhos para o crescimento acentuado e mais acelerado. O cirador do termo é um cara chamado Sean Ellis, que resume seu método como “marketing orientado a experimentos”. Experimentos que detonam gatilhos de expansão em curto espaço de tempo.

    Lean & Agile – São processos de desenvolvimento fundamentalmente utilizados em projetos de tecnologia, mas servem para qualquer projeto que envolva o desenvolvimento de alguma coisa. Lean é simples. Agile é rápido. Lean é um método de abordagem. Agile é o processo de desenvolvimento em si. O princípio de ambos é quebrar a cadeia tradicional de desenvolvimento. Projetos que antes demoravam meses são feitos em semanas. Isso porque a cadeia é quebrada em vários pedaços e cada pedaço tem começo, meio e fim. As entregas são ágeis e são chamadas de sprints. Assim, coisas acontecem muito, muito rápido e os resultados são medidos imediatamente. Isso permite testes velozes, conclusões em cima do que foi testado e ajuste imediato, antes de partir para a próxima fase. Aumenta substancialmente a eficácia no desenvolvimento, reduz substancialmente os custos e acelera exponencialmente a agilidade dos processos.

    Teste A/B – É um pedaço importante de todas as metodologias acima. É um teste mesmo, como o nome diz. Você não testa nada efetivamente pronto, mas conceitos, hipóteses. Só que testa de verdade, no mercado, mas em pequena escala e em ambientes controlados de poucos usuários/consumidores. Chama teste A/B porque você coloca duas variáveis em compração uma com a outra e vê aquela que performa melhor. A que se sair pior é descartada. Os testes A/B podem ser contínuos e, como se disse aqui, são parte dos processos descritos acima porque colocam os resultados na mesa não mais na base do eu acho, mas com o fundamento das respostas do mercado real.

    Canvas – É um sistema, um modelo de organização de etapas para a criação, desenvolvimento e implantação de um negócio, uma empresa inteira mesmo, ou parte de um negócio, um simples projeto. Essas etapas são colocadas num quadro (daí o nome canvas). O modelo foi criado por um teórico do desenvolvimento empresarial chamado Alexander Osterwalder. Em linhas básicas, está dividido em 4 partes: Como, O Que, Para Quem e Quanto. Cada uma dessas etapas está subdivida em outras sub-etapas. Por exemplo, na etapa Como, temos como subdivisão as atividades-chave, os recursos-chave, a rede de parceiros, etc. No caso do O Que, temos fundamentalmente a Proposição de Valor do negócio, etc. Cada etapa tem um peso e a cada uma deve ser atribuído em tempo de execução. Enfim, aquilo que antes cada empresa fazia de um jeito diferente, Osterwalder propõe que seja feito de uma forma única, já testada e validade com sucesso. O empirismo ganha um método.

    War Room – É uma dinâmica gerencial de operações. Você conhece ou já ouviu falar. Você coloca numa sala profissionais com especialidades diversas e complementares. Alguém orquestra. A sala de guerra é literalmente a cópia de uma central militar de operações de batalha, em que a realidade de mercado está na mesa o tempo todo e as respostas precisam ser em tempo real. Para isso há critérios e métodos. Há dinâmicas e mensuração de resultados imediatos. Algumas grandes empresas já incorporaram esse sistema ao seu cotidiano de mercado, monitorando e gerindo projetos, campanhas, ações de mercado em geral. Bastante utilizado hoje pelas áreas de marketing em função da revolução digital, em que tudo acontece muito rápido e a resposta em tempo real passou a ser necessária.

    Crowd e Open Sourcing – São coisas diferentes, mas cujo princípio é o mesmo. Crowdsourcing é você permitir que terceiros participem do entendimento e proposta de soluções de um problema corporativo. Opensourcing, mais típico do mundo da tecnologia, é quando você abre o código para que profissionais fora da empresa enriqueçam seu desenvolvimento com suas colaborações. Em ambos os casos o pressuposto é que as empresas hoje não têm todas as soluções dentro de casa e que abrir para a colaboração de comunidades terceirizadas de forma colaborativa faz um enorme sentido. Faz mesmo.

    Hackathon – Esse você certamente também já ouviu falar. É um processo participativo de pessoas ou grupos de pessoas que se reúnem com uma tarefa específica a ser concluída num tempo (curto) dado. Os desafios são lançados e as pessoas, reunidas num único espaço físico geralmente, se entregam a tarefa de apresentar soluções para esses desafios. É uma dinâmica muito utilizada entre startups, mas a verdade é que pode perfeitamente ser encarado como um método em busca da inovação acelerada. Funciona extremamente bem para esse fim e empresas em geral cada vez mais lançam mão desse sistema para endereçar problemas reais de mercado que enfrentam.

    Startups – Como o nome diz, são operações em estágio primário de desenvolvimento, que estão começando. Mas da forma como elas foram se desenvolvendo nas últimas cinco décadas, muito pela contribuição de uma cultura avançada de negócios criada e alimentada no Vale do Silício, as startups são hoje um elo cada vez mais vital na cadeia de desenvolvimento dos negócios em todos os setores. Elas usam a maior parte dos métodos, programas e sistemas citados até aqui. Por isso são ágeis produtoras de inovação e soluções fora da caixa. Podem também ser entendidas como parte das dinâmicas operacionais das companhias em busca de excelência e otimização de resultados.

    Makers – É um movimento. Mas um movimento com metodologias, processos e propósito, totalmente inserido no ambiente corporativo contemporâneo. Makers significa fazer como se fazia antigamente, derivado do faça você mesmo. As soluções são criadas e providas para pequenas partes de uma cadeia de valor. Mas tem o poder de transformar toda a cadeia de valor em que estão inseridas. O princípio é utilizar pedaços de coisas e sistemas, remonta-los de forma inusitada, criativa e eficiente, fugindo da ideia da linha de produção industrial, repetitiva e nada original. Todas as soluções, objetos e sistemas criados pelo Maker Movement são em código aberto e evoluem de forma colaborativa. Makers se transforma mais e mais num movimento que pode contribuir para o avanço das empresas modernas, com soluções simples, inovadores e altamente eficientes.

    E para concluir, um estímulo final: você pode dominar a realidade e tira dela o que ela tem de melhor para oferecer. Mas se você não mudar as regras do jogo a seu favor, não terá qualquer chance. Aprenda com esses métodos avançados de como vencer e vá pra cabeças.

    Fonte: Proxxima